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Mais de 2,4 mil pessoas morreram em seis dias de ‘guerra’ entre Israel e terroristas do Hamas

Israel continua a bombardear a Faixa de Gaza nesta quinta-feira (12) em resposta aos atentados terroristas cometidos pelo Hamas em solo israelenses, no sexto dia do conflito que já matou milhares de pessoas.

Os bombardeiros ocorreram já durante a visita secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que chegou a Tel-Aviv na manhã desta quinta, quando os militares israelenses disseram que suas tropas estavam concentradas na fronteira com Gaza “fazendo preparativos para a próxima fase da guerra”.

Blinken enfatizou a solidariedade ao aliado no Oriente Médio, mas pediu moderação para proteger os civis palestinos. O exército de Israel reagiu ao ataque terrorista do Hamas, deflagrada no último sábado, quando homens armados mataram 1,2 mil israelenses, a maioria civis, e fizeram cerca de 150 reféns.

As forças de Israel responderam com milhares de ataques e ainda projetam o que se espera ser uma invasão terrestre do território controlado pelos terroristas. Mais de 1,2 mil palestinos morreram em Gaza, conforme os balanços mais recentes, enquanto Israel bombardeava quarteirões e destruía milhares de edifícios nos seis dias desde que o Hamas lançou o ataque sem precedentes, o mais sangrento da História da região.

“Todo membro do Hamas é um homem morto”, disse o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu à nação depois de formar um governo coalização nacional na quarta-feira. O premiê comparou o Hamas ao grupo Estado Islâmico e prometeu “esmagá-los e destruí-los”.

O presidente dos EUA, Joe Biden – que apoiou Israel e começou a enviar ajuda militar – também advertiu na quarta-feira que Israel deve, apesar de “toda a raiva e frustração, operar de acordo com as regras da guerra”.

 

Os temores aumentaram para os 2,4 milhões de residentes de Gaza que agora enfrentam a quinta guerra em 15 anos no território. Israel impôs um “cerco total” à região e cortou o fornecimento de água, alimentos e energia. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou preocupação com o “ciclo acelerado de violência e horror”. Ele apelou à libertação de todos os reféns e ao levantamento do cerco e sublinhou que “os civis devem ser protegidos em todos os momentos”.

Parte da comunidade internacional apela para o estabelecimento de um corredor humanitário para permitir que os palestinianos escapem antes de uma possível invasão terrestre israelense, o que significaria combates urbanos, casa a casa.

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, prometeu nesta quinta-feira que o cerco total a Gaza continuaria até que os reféns fossem libertados.

“Ajuda humanitária a Gaza?”, ele escreveu em um comunicado. “Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma torneira de água será aberta e nenhum caminhão de combustível entrará até que os sequestrados israelenses retornem para casa.”

“Tudo o que faço é chorar”

Israel convocou 300 mil reservistas e enviou forças, tanques e blindados pesados para as áreas desérticas do sul em torno de Gaza, de onde o Hamas lançou o seu ataque terrorista sem precedentes em 7 de outubro.

Desde então, os soldados israelenses limparam as cidades do sul e as comunidades de kibutz e mataram 1,5 mil extremistas, ao mesmo tempo em que descobriram um grande número de civis mortos, incluindo crianças.

“Eu nunca teria sido capaz de imaginar… algo assim”, disse Doron Spielman, porta-voz do exército israelense, em um condomínio fechado onde mais de 100 moradores foram mortos. “Parece que… uma bomba atômica acabou de cair aqui.”

Netanyahu disse que o ataque do Hamas foi de um nível de “selvageria… que não víamos desde o Holocausto”. A indignação israelense foi alimentada pela captura pelo Hamas de pelo menos 150 reféns – a maioria de cidadãos de Israel, mas também estrangeiros e com dupla nacionalidade – agora detidos em Gaza.