O prefeito de Iguatemi, Lídio Ledesma, tenta, a todo custo, manter o sobrinho, Gustavo Ledesma, em cargo municipal.
O Ministério Público Estadual (MPE) já recomendou a exoneração de Gustavo, mas o prefeito quer que ele fique até o final do contrato, alegando que teria mais despesas caso realizasse a demissão imediatamente.
O promotor André Luiz de Godoy iniciou a investigação depois de uma denúncia de que Gustavo Turatto Ledesma foi contratado, sem aprovação em concurso, para exercer o cargo de assistente administrativo (cargo esse de concurso público), ainda que não tenha sido aprovado no concurso público realizado pelo município no ano de 2022.
Segundo a denúncia, Gustavo foi cedido ao órgão da Defensoria Pública de Iguatemi onde recebe remuneração mensal de R$ 2.400,00. O denunciante pediu a exoneração, bem como a devolução ao erário público de toda a remuneração mensal recebida, pois se beneficiou do ato de contratação.
O promotor recomendou a exoneração, mas o prefeito pediu que o sobrinho continue no cargo até o dia 31 de janeiro de 2024, alegando que precisaria contratar outro servidor, resultando em gasto em duplicidade.
O promotor respondeu que, apesar dos argumentos, a manutenção do servidor contratado de forma irregular vai diametralmente contra o disposto na Constituição Federal (art. 37, inc. II) e princípio da impessoalidade.