Um aspecto importante da mais recente pesquisa Real Time Big Data é o crescimento da rejeição do candidato a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB), Eduardo Riedel (PSDB). Na contramão da expectativa da campanha, o aumento significativo da exposição de Riedel nas redes sociais, programas de TV e reuniões fez com que a rejeição explodisse.
Entre abril e junho, o índice de rejeição do ex-secretário de insfraestrutura do governo Reinaldo Azambuja, estava na casa dos 4%. Esse índice foi usado na pré-campanha tucana como uma vantagem importante na disputa.
Agora, quase três meses depois, esse percentual subiu 26%. No quesito rejeição, Riedel apareceu com 30% na pesquisa contratada pela TV Record. Venceu Rose Modesto (União Brasil), que apareceu com 27% e ficou próximo de Marquinhos Trad (PSD) com 39%. Líder em rejeição, André Puccinelli (MDB) tem 47%. Vale mencionar que no caso da rejeição, o entrevistado podia escolher mais de uma opção, por isso, o somatório final é superior a 100%.
Rose Modesto e Marquinhos Trad, estão há mais de uma década na política, disputando eleições, André Puccinelli há duas décadas. Eduardo Riedel participa da primeira eleição. Nesse tempo em que passou a usar o figurino de candidato, os números indicam claramente que quanto mais o tucano se torna conhecido menos o eleitor quer votar nele.
A ligação de Eduardo Riedel com o governador Reinaldo Azambuja é um dos fatores que tem colaborado para o crescimento da rejeição do candidato do PSDB. Outro fator, apurado nos bastidores pelo O Contribuinte, é o apoio do tucano à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e a disputa com o Capitão Contar (PRTB) pelos votos bolsonaristas em MS. PDT e PSB estão na coligação de Riedel, partidos de esquerda que rejeitam Jair Bolsonaro. O posicionamento do tucano não agradou nenhum pouco os candidatos e filiados do PDT e do PSB. Dentro do ninho tucano, existe uma ala que acredita que Riedel acertou e uma ala que acha que a estratégia foi um “tiro no pé”.
A pesquisa Real Time Big Data foi realizada por telefone, com 1.000 eleitores de Mato Grosso do Sul entre os dias 16 e 17 de setembro de 2022.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O grau de confiabilidade é de 95%, considerando a margem de erro.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, TRE-MS, sob o número 09079/2022.