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Juíza envia para o TJ ação contra Gerson Claro pelo desvio de R$ 7,4 milhões

A juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, enviou ao Tribunal de Justiça a ação penal contra o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP). O deputado estadual é réu pelos crimes de peculato, corrupção e organização criminosa pelo desvio de R$ 7,4 milhões no Departamento Estadual de Trânsito.

Além de Gerson Claro, são réus os ex-diretores do Detran, Celso Braz de Oliveira e Gerson Tomi, os sócios da Pirâmide Informática, José do Patrocínio Filho e Anderson da Silva Campos, o ex-assessor da Secretaria Estadual de Governo, Luiz Alberto Oliveira Azevedo, e Fernando Roger Daga, entre outros.

Conforme a denúncia do Gaeco, Gerson Claro, então diretor-presidente do Detran, rompeu o contrato com o Consórcio REG-DOC para contratar, em regime de urgência e sem licitação por R$ 7,4 milhões em 180 dias a Pirâmide Informática, de Patrocínio e Campos. Este último morreu em um acidente de trânsito em Maracaju.

A empresa não tinha estrutura nem experiência para assumir o serviço, que poderia ser executado por funcionários do órgão estadual e custaria apenas R$ 100 mil. O gasto de R$ 7,4 milhões foi por apenas seis meses. Em seguida, a Pirâmide ganhou o contrato, também sem licitação, do Tribunal de Contas do Estado.

O MPE pede a condenação do grupo por corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dispensa de licitação, peculato e organização criminosa. A promotoria pede indenização de R$ 50 milhões.

O encaminhamento do processo ao TJMS ocorreu após a realização da audiência de instrução e julgamento.