Em uma escalada de tensões na região, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, anunciou hoje que irá acionar o Conselho de Segurança da ONU e a Corte Internacional de Justiça contra a Venezuela. O anúncio foi feito após uma conversa entre Ali e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A medida foi tomada em resposta às recentes ações do líder venezuelano, Nicolás Maduro, que declarou a criação da zona de defesa integral da Guiana Essequiba, nomeando um general como a “única autoridade” da área. Ali, em pronunciamento nacional, afirmou que a Guiana relatará o incidente e formalizará a queixa perante os órgãos internacionais ainda no início da manhã.
“A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, acusou Ali, alegando que o vizinho está atentando contra a integridade territorial e a estabilidade política do país.
As tensões entre os dois países se intensificaram desde que a Guiana descobriu reservas de petróleo e gás offshore em seu território, com um crescimento econômico significativo de 60% em 2022.
Maduro, por sua vez, passou a reivindicar uma porção do território guianense, compreendendo mais de 160 mil metros quadrados. A região, atualmente produtora de cerca de 400 mil barris por dia de petróleo e gás, atraiu propostas de empresas para licitações internacionais neste ano.
O presidente Ali assegurou aos investidores que seus investimentos estão seguros, enviando uma mensagem clara em meio à crescente instabilidade na região. A Guiana, diante das tensões, busca respaldo internacional para garantir a segurança de suas fronteiras e a continuidade de seu desenvolvimento econômico.