O governo argentino deu início às medidas emergenciais para conter a crise econômica, anunciando nesta terça-feira (12) o cancelamento dos repasses de verbas de publicidade aos meios de comunicação do país. A decisão faz parte do amplo conjunto de medidas conhecido como “Pacote de Emergência Econômica”, a ser detalhado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, em pronunciamento gravado marcado para as 17 horas (horário local).
O porta-voz do presidente argentino, Javier Milei, Manuel Adorni, declarou em coletiva de imprensa que a suspensão dos repasses de verbas de publicidade será válida por um período de um ano. Essa iniciativa visa controlar as contas públicas e evitar a iminência de hiperinflação, uma das preocupações centrais do governo argentino diante da atual crise econômica.
“O objetivo é realizar o impossível no curtíssimo prazo, não apenas para cumprir as promessas feitas, mas também para evitar uma catástrofe. Estamos enfrentando uma das crises mais profundas da história e caminhamos perigosamente para a hiperinflação. A decisão é uma estratégia preventiva para evitar esse cenário”, afirmou Adorni.
Além do corte nos repasses de verbas de publicidade, Adorni informou que a Casa Rosada iniciou uma revisão detalhada dos contratos e nomeações do Estado do último ano. Essa análise tem como objetivo otimizar gastos e promover ajustes necessários para enfrentar a crise econômica.
A expectativa é que as medidas anunciadas pelo ministro da Economia contribuam para estabilizar a economia argentina, enfrentando os desafios iminentes e buscando soluções de curto prazo diante da profundidade da crise. O pronunciamento de Luis Caputo será aguardado com atenção, dado o contexto econômico delicado que o país enfrenta.
