A ex-presidente Dilma Rousseff responsável pela maior recessão da história do Brasil foi eleita a “Mulher Economista de 2023” pelo sistema Cofecon/Corecons, que reúne o Conselho Federal de Economia e os Conselhos Regionais de Economia. A escolha, anunciada durante reunião plenária das entidades em formato híbrido (presencial e virtual) no sábado (9), levou em conta, segundo comunicado do Cofecon, a “significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social do País ao longo de sua carreira”.
Dilma Rousseff é a atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics. Segundo o Cofecon, a eleição de Dilma ocorreu em quatro fases, desde a indicação dos concorrentes até a votação secreta pelo plenário do Cofecon, onde a ex-presidente saiu vencedora entre os três nomes mais votados.
Retrospecto Controverso
A escolha de Dilma Rousseff como “Mulher Economista de 2023” não passa despercebida diante de seu retrospecto na economia durante sua passagem pelo Palácio do Planalto entre 2011 e 2016, assim como em seus cargos anteriores como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil nos dois primeiros mandatos de Lula.
Dilma foi alvo de um processo de impeachment aprovado pelo Congresso e referendado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), devido às chamadas “pedaladas fiscais” que maquiaram o resultado das contas públicas. Isso resultou na maior recessão da história do país, com uma queda acumulada de quase 7% do PIB em 2015 e 2016.
Durante seu governo, Dilma ficou conhecida pela frase “gasto é vida”, provocando ironias por parte de seus críticos. Produziu os dois maiores déficits primários desde o início do governo Collor, com rombos chegando a 1,9% e 2,5% do PIB em 2015 e 2016, respectivamente.
Ao longo de seu mandato, Dilma emprestou quase R$ 500 bilhões do Tesouro para os bancos públicos, especialmente o BNDES, com o suposto objetivo de alavancar a atividade econômica. No entanto, as políticas adotadas resultaram em críticas e controvérsias.
Chamada de “mãe do PAC” (Programa de Aceleração de Crescimento), Dilma coordenou o plano que deixou dezenas de obras inacabadas pelo país. Seu legado na economia é marcado por decisões controversas.