Durante um evento em Brasília na quarta-feira (14), o presidente Lula expressou sua satisfação pela aprovação de Flávio Dino pelo Senado para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, destacando que era a primeira vez na história do país que um “ministro comunista” seria nomeado para a Corte. Essa declaração gerou críticas do ex-presidente Bolsonaro, que comparou o discurso de Lula ao estilo do ex-ditador cubano Fidel Castro.
Na sexta-feira (15), durante um evento na Assembleia Legislativa do Paraná, Bolsonaro declarou: “A gente vê agora a alegria dele, diz que está feliz que colocou um comunista. Me lembro dos discursos do Fidel Castro. Os caras sempre lutam pelo poder. Roubar a liberdade é a mais importante cartada deste povo.”
Bolsonaro aproveitou a ocasião para defender seu governo e abordar questões relacionadas à pandemia de Covid. Ele enfatizou que não dá para comparar Paulo Guedes com o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e criticou o elevado número de ministros no governo petista: “38 ministérios. Nem ele [Lula] sabe o nome de uma dúzia,” acrescentou.
Flávio Dino, ex-filiado ao PCdoB de 2006 a 2021, período durante o qual foi eleito deputado federal e governador do Maranhão por duas vezes, atualmente é filiado ao PSB e foi eleito senador em 2022.
Durante sua filiação ao PCdoB, Dino manifestou em diversas ocasiões sua devoção ao comunismo. Em entrevista à TV Brasil em abril de 2015, afirmou: “Sou comunista, graças a Deus,” reforçando seu alinhamento ideológico.