O ex-deputado federal, Deltan Dallagnol, questiona Ministro Alexandre de Moraes sobre declarações feitas em entrevista ao O Globo.
O ex-procurador Deltan Dallagnol levantou questões nesta na quinta-feira (4), em relação às declarações feitas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma entrevista ao O Globo. O ministro afirmou, sem apresentar evidências, que haveria pelo menos três planos para prendê-lo e assassiná-lo em 8 de janeiro de 2023. Dallagnol, ex-procurador na investigação Lava Jato, recorreu à plataforma de mídia social X (anteriormente Twitter) para questionar o Ministro sobre suas declrações.
As perguntas de Dallagnol incluíram:
- Arquitetos do Plano de Assassinato: Quem planejou o assassinato do ministro, e quais são as provas desse plano?
- Consequências Legais: Essas pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e condenadas nos julgamentos de 8 de janeiro? Por que essa informação não foi divulgada até agora?
- Imparcialidade Judicial: Considerando que o ministro era a vítima pretendida desses crimes, ele não deveria se declarar impedido de julgar aqueles que tentaram prejudicá-lo?
- Implicações para os Réus de 8 de Janeiro: Essas novas revelações não lançam dúvidas sobre a imparcialidade do ministro ao julgar todos os réus de 8 de janeiro, especialmente dada a posição anterior do STF de que todos faziam parte de um grupo com o objetivo único de tentar um golpe?
- Críticas às Práticas Judiciais: Como o ministro responde às críticas de que os réus de 8 de janeiro estão enfrentando abusos judiciais, como violações do direito a um julgamento justo, falta de conexão com pessoas com foro privilegiado, detenções preventivas prolongadas, ausência de provas e acusações desproporcionais?
- Jurisdição Privilegiada: Até o momento, o STF não identificou nenhuma pessoa com foro privilegiado que tenha participado dos eventos de 8 de janeiro. O ministro pode identificar as pessoas com foro privilegiado que justificariam a competência do tribunal para julgar os demais réus de 8 de janeiro?
- Liberação Atrasada: Por que o ministro não revisou prontamente o pedido de soltura de Clezão, especialmente quando tinha o parecer favorável da PGR? Como ele responde às críticas de que a demora em decidir contribuiu para a morte de Clezão?
- Liberação de Detidos: Logo após a morte de Clezão, por que o ministro libertou vários outros réus presos de 8 de janeiro que também tinham parecer favorável da PGR? Isso não é uma evidência de que essas pessoas foram detidas de forma ilegal e excessiva?
- Inquéritos Prolongados: Quando serão concluídas as investigações ilegais que estão pendentes no Supremo há mais de 5 anos? Como o ministro justifica a continuação dessas investigações além dos prazos legais?
- Entrevistas na Mídia e Imparcialidade Judicial: Por fim, dar entrevistas sobre casos em andamento não levanta preocupações sobre a imparcialidade do juiz? Como o ministro responde a essa crítica?