O senador Mourão (Republicanos-RS) expressou suas preocupações nesta quinta-feira (25), em relação à atuação do que ele chama de “sistema” em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga a chamada Abin paralela. Mourão, que é ex-vice-presidente da República, alegou que o “sistema” está agindo como um “estado policial” com o objetivo de destruir alternativas políticas de direita e conservadoras.
A operação em questão teve como alvo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) nesta quinta-feira, gerando críticas e preocupações de diversas figuras políticas. Mourão lamentou o que chamou de “inadmissível” e apontou para a sequência de eventos recentes envolvendo políticos de oposição.
“Há poucos dias foi o Dep Jordy, agora os abusos atingiram o Dep Ramagem. Os dois são políticos de oposição, pré-candidatos a prefeito em cidades importantes… Resta claro que o ‘sistema’ está atuando, com ferramentas de um ‘estado policial’, que quer destruir alternativas políticas de direita e conservadoras”, declarou Mourão.
Antes das declarações de Mourão, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, já havia levantado a questão da “perseguição” da PF a aliados do ex-presidente Bolsonaro. Costa Neto criticou a entrada nos gabinetes e pediu ação do Congresso Nacional para lidar com a situação.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), colega de Mourão no partido e no governo Bolsonaro, também manifestou sua indignação e solidariedade a Ramagem. Em seu perfil no X, a parlamentar afirmou: “Mais um parlamentar de oposição tem o gabinete revirado por uma operação de busca e apreensão. As lideranças do Congresso Nacional precisam reagir a esse tipo de quebra de prerrogativas parlamentares sem precedentes na história do Brasil. Minha solidariedade ao meu amigo deputado Delegado Ramagem.”
No cenário político, a oposição decidiu manter Carlos Jordy (PL-SP) na liderança da Câmara dos Deputados, mesmo após ter sido alvo da Operação Lesa Pátria. Jordy é pré-candidato a prefeito em Niterói, enquanto Ramagem representa o PL na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro.