O presidente do Instituto Monitor da Democracia em Brasília, Márcio Coimbra, alega que as recentes decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em relação aos opositores e ao governo anterior de Jair Bolsonaro, refletem uma sintonia de interesses com o governo federal atual. Crítico das ações do STF, Coimbra acusa a Corte de adotar uma política de vingança contra o governo passado e os opositores atuais.
Segundo Coimbra, o alinhamento entre o Judiciário e o Executivo parece ser inevitável. Ele prevê que muitos políticos enfrentarão processos, condenações e, possivelmente, prisões. Contudo, ressalta que apenas daqui a alguns anos será possível avaliar se as acusações apresentadas neste momento estão devidamente fundamentadas.
Márcio Coimbra destaca a visão de que o que está ocorrendo é uma clara retaliação contra o governo anterior e os opositores do atual governo. Ele observa que diversos políticos que anteriormente apoiaram a punição de membros do Partido dos Trabalhadores (PT) acusados de corrupção, incluindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora estão sendo alvo de investigações pelas autoridades.
No contexto das recentes ações da Polícia Federal, Coimbra menciona o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), foco da Operação Lesa Pátria realizada no último dia 18. A operação visa identificar os responsáveis pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Em apoio a Jordy, seus aliados decidiram mantê-lo como líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, mesmo diante das investigações em curso.
O líder do Instituto Monitor da Democracia expressa preocupação com o desdobramento dessas questões e acredita que a conjuntura atual revela um cenário complexo e intrincado no âmbito político brasileiro.