O Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela, alinhado ao regime chavista de Nicolás Maduro, confirmou a ineligibilidade por 15 anos de María Corina Machado, principal rival do ditador e candidata da oposição às eleições presidenciais.
A decisão do TSJ ocorre em paralelo ao cenário brasileiro, onde, em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) também tornou inelegível o principal líder da oposição, Jair Bolsonaro (PL), por um período de 8 anos.
María Corina Machado, que foi a candidata mais votada em uma eleição primária realizada pela oposição venezuelana no final do ano passado, encontrava-se politicamente emparedada. Ela havia solicitado ao TSJ a revisão do seu caso, com base em um mecanismo acordado entre o regime venezuelano e a Plataforma Unitária Democrática (PUD), uma coalizão de partidos opositores ao chavismo.
Apesar do pedido de revisão, o TSJ rejeitou a solicitação de Machado, argumentando que ela não atendia aos requisitos estabelecidos no Acordo de Barbados, assinado em 17 de outubro do ano passado.
O comunicado da Suprema Corte venezuelana foi divulgado na rede social X (antigo Twitter), onde também foram informadas outras ações relacionadas à ineligibilidade de opositores de Maduro.
Dentre as medidas destacadas, está a ratificação da inabilitação política por 15 anos do ex-candidato presidencial e ex-governador de Miranda, Henrique Capriles, bem como o cerceamento político de Leocenis García e Richard Mardo, ambos críticos do regime de Maduro.