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Sem denúncia da PGR, soldador vai completar um ano preso por causa do 8 de janeiro

O soldador Gilberto Ferreira, de 49 anos, enfrenta um período de quase um ano na Penitenciária Estadual de Canoas (RS), após ser detido em 17 de março do ano anterior pela Polícia Federal, durante a Operação Lesa Pátria, relacionada ao episódio do 8 de janeiro.

De acordo com informações fornecidas pelo advogado Gustavo Nagelstein, responsável pela defesa de Ferreira, até o momento, não há denúncia apresentada contra seu cliente pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Este é o primeiro passo crucial no processo jurídico que pode resultar na prisão de um indivíduo.

“Após quase um ano de detenção, ainda não temos conhecimento das razões que levaram à sua prisão”, afirmou Nagelstein em entrevista à revista Oeste. Questionado sobre o caso, o Ministério Público Federal afirmou que não possui dados sobre Ferreira e ressaltou que os processos envolvendo os detidos no episódio do 8 de janeiro são mantidos em sigilo.

Nagelstein também destacou a demora no andamento das petições protocoladas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), muitas vezes sem resposta. Recentemente, o advogado ingressou com um novo processo na Corte, detalhando o delicado estado de saúde do pai de Ferreira, Alberi Ferreira, de 75 anos, que sofreu um AVC recente, afetando sua capacidade de comunicação. O objetivo é sensibilizar o ministro Alexandre de Moraes a conceder liberdade ao preso, mediante medidas cautelares.

Além das preocupações com o pai doente, Ferreira é o principal provedor da família, que inclui sua esposa, Elisandra Marques, de 46 anos, e duas filhas. A oficina onde trabalhava com o filho está fechada desde sua prisão, e Elisandra, apesar de trabalhar como massoterapeuta, enfrenta dificuldades para arcar com as despesas familiares.

Até o momento, os únicos registros da participação de Ferreira no episódio do 8 de janeiro são baseados em notícias veiculadas pela imprensa. Vídeos divulgados pela mídia mostram Ferreira filmando as manifestações no Salão Negro do Congresso Nacional, vestindo uma camiseta da seleção brasileira, um boné com estampa militar e carregando uma bandeira do Brasil nas costas. Além de soldador, Ferreira é suplente de vereador em Nova Rita (RS).