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O drama da mulher de 71 anos condenada a 14 pelo STF

A ex-professora Iraci Nagoshi, de 71 anos, teve uma reviravolta em sua saga judicial quando, em 4 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a remoção de sua tornozeleira eletrônica para que ela pudesse passar por uma cirurgia no fêmur esquerdo após uma queda. No entanto, a alegria da autorização logo se transformou em choque quando, no mesmo dia, o STF condenou Iraci a 14 anos de prisão por cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.

A notícia da sentença chegou à família menos de 24 horas após a cirurgia bem-sucedida, quando agentes do Centro de Detenção Provisória de Santo André (SP) foram à unidade de saúde recolocar a tornozeleira em Iraci. Seu filho, Newton Nagoshi, revelou que a família decidiu ocultar a sentença dela até que ela se recuperasse da cirurgia.

Iraci, moradora de São Caetano do Sul (SP), é uma ex-professora de português e diretora aposentada. Ela ficou detida por oito meses na Colmeia e, desde agosto, usa tornozeleira eletrônica. Sua defesa alega que sua presença em um protesto em Brasília, um dia antes do dia 8 de janeiro, foi para buscar refúgio, não para cometer vandalismo.

Com problemas de saúde como transtornos passivos, diabetes e hipertireoidismo, a prisão tem sido ainda mais difícil para Iraci. Após conseguir liberdade condicional, ela sofreu uma paralisia facial que precisou de tratamento.

A família agora enfrenta o desafio de lidar com a sentença enquanto Iraci se recupera da cirurgia. Esta reportagem foi trazida pela Coluna No Ponto da Revista Oeste.