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Ditadura, pressão psicológica, perseguição: parlamentares defendem Cid após críticas à PF e STF

Deputados e senadores da oposição ao governo federal saíram em defesa do tenente-coronel Mauro Cid após a divulgação de áudios em que ele critica a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando uma suposta pressão para fechar o acordo de delação premiada.

Os áudios, vazados pela revista Veja na noite de quinta-feira (21), mostram Cid supostamente expressando descontentamento com a atuação dos investigadores da Polícia Federal e com a postura do ministro Alexandre de Moraes. Segundo Cid, os investigadores estariam ignorando a verdade sobre o gabinete do ex-presidente Jair Bolsonaro e Moraes estaria agindo de forma arbitrária.

Desde então, parlamentares acusaram a PF e o STF de exercerem pressão psicológica sobre Cid, perseguirem apoiadores do ex-presidente e alegaram que as críticas revelam a existência de uma “ditadura” no país.

Para o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS), vice-líder da oposição na Câmara, os áudios de Cid confirmam que Alexandre de Moraes estaria perseguindo conservadores e buscando prender Bolsonaro a qualquer custo.

O deputado Coronel Meira (PL-PE) destacou que a situação evidencia a volta da tortura como forma de obter delações sob coação. O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, afirmou que a colaboração está comprometida e a narrativa desmoralizada.

Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, questionou a condução das investigações e criticou a imprensa por não reconhecer, segundo ele, a existência de uma ditadura no país. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) considerou os áudios uma bomba, afirmando que destroem as alegações feitas por Moraes, PF e imprensa.

Diante das críticas, o ministro Alexandre de Moraes convocou Mauro Cid a prestar esclarecimentos ao STF na tarde desta sexta-feira (22). Cid será ouvido pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor designado pelo magistrado, acompanhado de um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) e por seu advogado.