O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem 48 horas para explicar por que ficou dois dias hospedado na Embaixada da Hungria, entre 12 e 14 de fevereiro, quatro dias depois de ter o passaporte retido pela Polícia Federal.
Bolsonaro é alvo de diversas investigações e não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira pelo fato de o local ser considerado um espaço estrangeiro dentro do país, portanto, fora do alcance das autoridades nacionais. As informações foram publicadas nesta segunda pelo jornal norte-americano New York Times.
Bolsonaro teve o passaporte confiscado pela PF em 8 de fevereiro. Quatro dias depois, o ex-presidente estava na porta da Embaixada da Hungria, esperando para entrar nas dependências, conforme mostram imagens da câmera de segurança da estrutura do governo húngaro. O ex-chefe do Executivo estava acompanhado de dois seguranças.
Pelas imagens é possível ver que Bolsonaro chegou ao local na noite de segunda-feira (12) e partiu na tarde de quarta-feira (14). Segundo a reportagem norte-americana, a estada na embaixada sugere que o ex-presidente estava tentando alavancar a amizade com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.