A oposição liderada pelos partidos MUD e UNT na Venezuela enfrentou um revés significativo quando o regime ditatorial de Nicolás Maduro impediu o registro da candidatura de Corina Yoris no site do Conselho Nacional Eleitoral, responsável pelas eleições no país.
O prazo para registro encerrou-se às 23h59 de segunda-feira, 25 de julho, deixando Corina Yoris, que já havia sido designada como substituta de outra candidata impedida, María Corina Machado, fora da disputa.
As eleições, marcadas para 28 de julho, praticamente garantem a reeleição de Nicolás Maduro, que está no poder há 12 anos e poderá estender seu mandato para 18 anos, sem enfrentar uma oposição significativa.
Omar Barboza, um dos líderes da coalizão da oposição, afirmou que o grupo enfrentou restrições no sistema online do Conselho Nacional Eleitoral, impedindo o registro da candidatura de Corina Yoris.
Enquanto Maduro formalizava sua candidatura sem dificuldades, acompanhado por militantes convocados pelo partido governista PSUV, o ditador venezuelano denunciou a tentativa de assassinato por dois homens armados, supostamente vinculados ao partido de María Corina Machado.
Diante das preocupações com o impedimento da inscrição de Corina Yoris, expressas por sete países latino-americanos, o Brasil mais uma vez se absteve de tomar posição contra Maduro, aliado do presidente Lula (PT).