Durante as comemorações da Sexta-feira Santa, 29, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden designou o dia 31 de março como o Dia da Visibilidade Trans. A escolha da data gerou controvérsias devido à coincidência com o domingo de Páscoa, feriado cristão que celebra a ressurreição de Jesus Cristo.
No comunicado divulgado pela Casa Branca, o democrata alega que a data visa a “honrar extraordinária coragem e contribuições dos americanos transgêneros e reafirmamos o compromisso de nossa Nação em formar uma União mais perfeita — onde todas as pessoas são criadas iguais e tratadas igualmente ao longo de suas vidas”.
Biden afirmou que se orgulha de sua administração ter “defendido a justiça desde o começo”, garantindo que a comunidade LGBTQIA+ viva “abertamente, em segurança, com dignidade e respeito”. Ele também se orgulha de ter nomeado líderes transgêneros para seu governo e de ter encerrado a proibição de americanos trans no exército dos EUA.
“Hoje, enviamos uma mensagem a todos os americanos transgêneros: Vocês são amados, ouvidos e compreendidos”, disse Biden, em comunicado. “Vocês pertencem. Vocês são a América, e toda a minha Administração e eu estamos ao seu lado.”
O Dia da Visibilidade Transgênero foi iniciado em 2009 como um “dia de conscientização para celebrar os sucessos de pessoas transgênero e de gênero não conformante”. O democrata emitiu a primeira proclamação presidencial em “reconhecimento” ao Dia da Visibilidade Trans em 31 de março de 2021 e, desde então, tem emitido uma proclamação a cada ano.
Críticas a Biden
O comunicado do presidente resultou em críticas por parte de opositores da gestão Biden e de políticos do Partido Republicano.
Por meio da assessora de imprensa Karoline Leavitt, o ex-presidente Donald Trump repudiou a decisão de Biden e exigiu um pedido de desculpas aos milhões de católicos e cristãos que vivem nos Estados Unidos. Para Trump, o episódio é “ofensivo” e evidencia “um ataque de longos anos ao cristianismo”.
“Pedimos à falha campanha de Joe Biden e à Casa Branca que emitam um pedido de desculpas aos milhões de católicos e cristãos em toda a América que acreditam que amanhã é para uma única celebração — a ressurreição de Jesus Cristo”.
O ex-candidato à Presidência dos EUA, Vivek Ramaswamy utilizou seu perfil no Twitter/X para opinar sobre o ocorrido.: “Joe Biden acabou de proclamar que o ‘Dia da Visibilidade Transgênero’ é no domingo, 31 de março”, disse Ramaswamy. “Eu me pergunto como ele chegou a essa data”.
Alex Mooney, representante da Virgínia Ocidental na Câmara dos Deputados norte-americana, fez as mesmas críticas do ex-deputado e evidenciou a “coincidência no timing” de Biden. Ele também disse que a celebração da data é um ataque direto ao cristianismo.
A republicana Diana Harshbarger, representante do Leste do Tenessee, afirmou que “é evidente que a esquerda está determinada a minar nossa religião e tradições”.
O comentarista conservador Benny Johnson disse que a proclamação de Biden é um “tapa na cara de todos os cristãos nos EUA”.
Até o momento, a gestão do democrata não se posicionou sobre a controvérsia.