Em interrogatório na tarde desta terça-feira (9), no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no Parque dos Poderes, a ex-pregoeira e servidora de Sidrolândia, Ana Cláudia Alves Flores, revelou o nome de mais quatro envolvidos no esquema de fraude de licitações para tentar acordo de delação premiada. A informação é do advogado dela, David Moura de Olindo.
Operação Tromper, cuja terceira fase foi realizada na semana passada, 3, investiga fraudes em diversas licitações de Sidrolândia e conluio entre empresas reais e de fachada. Pelos dados já divulgados até agora, Ana era sócia do empresário Ricardo José Alves Rocamora em empresa criada apenas para dar aparência de concorrência em licitações, a Do Carmo, formalizada em nome de mãe de outra servidora do município.
O vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita Vanda Camilo (PSDB), é apontado como líder da organização criminosa. Conforme as investigações o grupo criminoso fraudava licitações na Prefeitura de Sidrolândia, chegando a R$ 15 milhões de desvios.
No interrogatório, a ex-pregoeira informou quatro novos nomes de servidores e empresários que estariam envolvidos no esquema que fraudava licitações, segundo o advogado. David Olindo firmou que o depoimento de sua cliente vai dar outro viés à investigação”, já que ela levou fatos novos ao Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).
“Ela fez algumas declarações diferentes das que estavam bojo do processo investigatório, mas não posso passar detalhes, já que fazem parte do acordo com o MP. Não vou me adiantar em nada”, disse o advogado.
Olindo disse ainda que a cliente assumiu o que deve, assumiu a culpa contou com a clareza tudo que ocorreu. Para ele, Ana Cláudia “deve”, mas está disposta a explicar tudo. O advogado ainda defende que a cliente não obteve vantagens financeiras no esquema, porque “qualquer um que faz isso começa a esbanjar e só a gente olhar a casa dela, onde mora, pra ver que ela não fez isso”, completou o advogado.