De acordo com a revista Time, a ascensão do juiz brasileiro Alexandre de Moraes ao poder se deu sob circunstâncias polêmicas. Seu antecessor, Teori Zavascki, faleceu em um acidente aéreo misterioso após autorizar investigações de corrupção contra dezenas de políticos em 2017, no âmbito da “Operação Lava Jato”. O avião bimotor que levava Zavascki caiu durante um voo de férias para o Rio de Janeiro. Segundo a Time, a investigação envolveu praticamente todos os políticos brasileiros, incluindo o então presidente Michel Temer, citado em delações premiadas.
O jornal ‘The Guardian’ publicou que “Zavascki havia acabado de retornar de férias e estava prestes a decidir sobre a admissibilidade dos depoimentos de delação de 77 executivos da Odebrecht, que provavelmente implicariam muitas das figuras mais poderosas do Brasil e de seus vizinhos latino-americanos”.
Investigações adicionais sobre o acidente não encontraram falhas mecânicas no avião. Segundo o ‘The Guardian’ e outros relatos, “as gravações de voo sugeriram que não houve falha nos equipamentos” e não houve indicações nas comunicações com o piloto de que ele enfrentava dificuldades.
Então, surge Alexandre de Moraes, nomeado por Temer, na época presidente, como substituto de Zavascki enquanto atuava como Ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Temer.
Antes de sua nomeação em 2016, de Moraes estava a serviço do Presidente Temer, que supostamente era alvo de um hacker tentando chantageá-lo com informações e fotos comprometedoras obtidas do telefone roubado da esposa de Temer. A pedido de Temer, de Moraes agiu rapidamente e prendeu o suposto hacker. Ou seja, pode-se dizer que Temer tinha algum tipo de ‘dívida’ com Moraes ao nomeá-lo para liderar o judiciário, diz a publicação.