O Exército de Israel anunciou neste domingo que irá responder o Irã “com ações, e não palavras”, em uma retaliação ainda não especificada aos envio de drones e mísseis de cruzeiros lançados por Teerã nesta madrugada (início da noite de sábado em Brasília).
À Iran International, uma emissora exilada iraniana, um porta-voz das Forças Armadas de Israel disse que o país responderá “com ação, não com palavras”. Mais cedo, o contra-almirante e porta-voz do Exército, Daniel Hagari, citado pelo The Guardian, declarou que estão “prontos para fazer o que for necessário pela defesa de Israel”.
— Temos planos, a situação está em curso — disse Hagari.
O Gabinete de guerra está reunido neste domingo no quartel-general da defesa em Tel Aviv, informou o Haaretz. O grupo recebeu autorização do Gabinete de segurança, segundo o Channel 12, para tomar decisões em resposta ao ataque iraniano, o que eliminaria a necessidade de aprovação prévia e agiliza o processo.
A promessa de uma resposta ao ataque iraniano foi feita ainda em paralelo aos primeiros sinais dos ataques iranianos, quando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu advertiu, em uma mensagem gravada à nação, que “quem nos ferir, nós feriremos”. Apesar de Teerã ter afirmado que o assunto poderia ser “considerado concluído”, Israel parece discordar: nesta manhã, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que o confronto “ainda não acabou”.
Um dos alvos da resposta israelense poderiam ser as instalações nucleares iranianas, apontada há décadas por governantes como centros de desenvolvimento de armas atômicas. O Estado judeu já atacou uma central nuclear iraquiana, a de Osirak, em 1981, e atuou em parceria com os EUA em um ataque cibernético contra a central nuclear de Natanz, em 2010, que provocou atrasos no desenvolvimento do programa atômico local. O Irã afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.