O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, revelou que a sigla enfrenta um dilema financeiro para atender ao pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro de não prosseguir com a ação judicial que pede a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR). Para abandonar o recurso, o partido precisaria pagar R$ 1,2 milhão ao escritório de advocacia responsável pelo caso, valor que o PL não dispõe atualmente devido à ausência de fundos próprios e às dificuldades financeiras impostas por uma multa de R$ 22,9 milhões aplicada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, em 2023.
“Nossa vontade é retirar o recurso, mas, caso o PL não recorra, terá que pagar a multa, está em contrato”, explicou Valdemar. Ele adicionou que as restrições financeiras do partido derivam de sanções anteriores relacionadas à elaboração de um documento que questionava a integridade do sistema eleitoral brasileiro. Uma reunião está agendada com o corpo jurídico do partido para buscar uma solução que possa facilitar a retirada da multa ou sua negociação para pagamento futuro.
Enquanto isso, a situação de Moro parece favorável, pois foi absolvido de acusações de abuso de poder econômico pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), com um resultado de 5 a 2 a seu favor. No entanto, o caso deve ser revisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visto que os advogados do PT, co-autores da ação com o PL, anunciaram que recorrerão da decisão.
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