Cuba atualmente vive a sua pior crise financeira em décadas por causa da ineficiência e má administração do governo. Também em decorrência de um embargo econômico dos Estados Unidos.
O embargo dos EUA já dura décadas e levou Cuba a um colapso na produção doméstica, aumento da inflação, constantes quedas de energia e escassez de combustível, carne e outras necessidades. As informações são do Estadão.
Dessa forma, líderes comunistas de Cuba estão tendo que se adaptar às dificuldades. Agora o grupo abraça empreendedores privados que já foram difamados como capitalistas “imundos”.
Muitos cubanos estão aproveitando a flexibilização das restrições governamentais e abrindo suas próprias empresas. Contabilizaram-se 10.200 novos negócios privados abertos desde 2021. O grupo tem dinamizado a economia do país.
Dados do governo do país mostram que, no ano passado, tanto Cuba quanto seu setor privado importaram, cada um, cerca de US$ 1 bilhão — o equivalente a R$ 5 bilhões.
“Nunca o setor privado teve tanto espaço para operar em Cuba”, disse Pavel Vidal, professor em Cali, na Colômbia, que estuda economia cubana. “O governo está falido, então não tem outra escolha a não ser convidar outros atores.”
Importações em Cuba
Grande parte das importações do setor privado para Cuba veio dos Estados Unidos. Foram financiadas em remessas de dinheiro enviadas por cubanos para parentes que seguem no país.
Além disso, também houve um salto de 30% das pessoas que trabalham para empresas privadas. Esse número chega a 1,5 milhão, o que representa quase metade da força de trabalho total na ilha caribenha.
Embora o setor privado esteja crescendo dentro de Cuba, a sua contribuição para a economia do país continua modesta. Chega a 15% da produção interna bruta.