Embaixador uruguaio reafirmou, em comissão da Câmara, uma segunda oferta de ajuda
O governo do Uruguai reiterou, nesta quarta-feira (8), uma segunda oferta de ajuda ao Rio Grande do Sul, por meio de um avião C-130, duas lanchas e dois sistemas de drones com tripulantes e analistas, para serem empregados nas operações de busca e salvamento. Um helicóptero Bell 212, da Força Aérea Uruguaia (FAU), com oito pessoas, entre pilotos, copilotos, técnicos e socorristas, está baseado em Santa Maria (RS), desde domingo (5).
De acordo com o embaixador Guillermo Valles, “desde o primeiro momento, não apenas o governo, mas todo o povo uruguaio se mobilizou para ajudar os nossos irmãos gaúchos”. Valles se reuniu com os deputados Lucas Redecker (PSDB-RS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), Marcel van Hattem (NOVO-RS), e afirmou que “os equipamentos estão prontos e serão enviados caso o governo brasileiro assim o deseje”.
Nesta quarta-feira, Lucas Redecker conversou com os ministros da Defesa, José Mucio Monteiro, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Aos dois, o deputado lembrou que o governo gaúcho havia solicitado formalmente a ajuda do Uruguai e pediu que a decisão fosse reconsiderada.
– O Uruguai ofereceu uma ajuda inestimável e absolutamente necessária. Não estamos em condições de rejeitar apoio algum. Ainda estamos na fase de salvamento, muitas pessoas precisam ser resgatadas e os drones e lanchas, são essenciais. Além disso, o Hércules ofertado permitirá não apenas resgates, mas também o transporte de toda a ajuda que tem chegado aos gaúchos – explicou.
ARGENTINA
Lucas Redecker também está preocupado com o silêncio brasileiro em relação à ajuda oferecida pelo governo argentino. Na segunda-feira (6), aquele país ofereceu o envio de uma brigada composta por 20 efetivos e cães, da Polícia Federal, especialistas em logística, um avião de transporte de pessoas e carga, três helicópteros para evacuações, equipe móvel e pessoal sanitário, mergulhadores, unidades de engenheiros com embarcações, duas estações de tratamento de água, e caixas de pastilhas de purificação de água.
Até o momento, o governo federal não respondeu se aceita ou não a oferta.
*Agência Câmara