Em um mundo onde a informação flui livremente graças às big techs, regimes totalitários se incomodam e optam pelo controle rigoroso sobre o que é compartilhado e como é interpretado pela população. O medo da verdade em tais regimes não é apenas uma questão de censura, mas uma batalha contínua contra a possibilidade de um pensamento independente que poderia desafiar o status quo.
Historicamente, regimes totalitários, como o stalinismo na União Soviética ou o nazismo na Alemanha, demonstraram um medo profundo da verdade ao reprimir a liberdade de imprensa e impor uma narrativa única através de propaganda intensiva. Esses regimes entendiam que o controle da informação era essencial para manter o poder, utilizando-se de técnicas que incluíam a distorção de fatos e a eliminação de vozes dissidentes.
Na era moderna, a tecnologia tem um papel duplo. Por um lado, ela pode ser uma ferramenta de liberação da informação, mas também pode se tornar um meio sofisticado de vigilância e controle. Governos autoritários de hoje, como na Coreia do Norte ou na China, utilizam tecnologias avançadas para monitorar suas populações e bloquear acesso a conteúdos considerados subversivos.
O medo da verdade se manifesta na perseguição a jornalistas, acadêmicos e qualquer indivíduo que tente desafiar ou questionar as narrativas oficiais. Esse medo é evidente nas leis rigorosas contra a “propagação de informações falsas”, que frequentemente são usadas para silenciar críticos e controlar a narrativa nacional.
A resposta internacional a tais práticas varia de sanções a campanhas de conscientização, mas a eficácia dessas medidas é limitada pela complexidade da geopolítica e pela necessidade de equilibrar relações internacionais. Assim, enquanto regimes totalitários continuarem a temer a verdade, a luta pela liberdade de expressão e pelo acesso à informação verdadeira e não filtrada permanece como um dos principais desafios do século XXI.