(67) 9 9123-6297 | ocontribuintebr@gmail.com

Pesquisar
Close this search box.

Coniventes com corrupção de Cezário, presidentes de clubes rejeitam Petrallas no comando da FFMS

Presidentes de nove clubes de futebol do Mato Grosso do Sul apresentaram abaixo-assinado, na tarde desta segunda-feira (27), contra a nomeação de Estevão Petrallas como interventor na FFMS (Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul).

A decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a partir de decisão do TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva do Mato Grosso do Sul), afastou o então dirigente Francisco Cezário por 90 dias e colocou o ex-presidente do Operário à frente da FFMS pelo mesmo período.

O documento é assinado pelos dirigentes esportivos do Dourados A.C, o 7 de Setembro; Ivinhema F.C; São Gabriel Esporte Clube; Cefac Esquerdinha; Operário Atlético Clube; Associação Atlética Portuguesa e Novo Futebol Clube.

Veja:

Conivência com corrupção 

A investigação do Ministério Público sobre a suposta organização criminosa que comanda a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) aponta que os dirigentes dos clubes tinham conhecimento e eram coniventes com a corrupção, fazendo até uma espécie de “rachadinha” com Francisco Cezário e seus familiares.

Prova disso é que Aparecido Alves Pereira, ou Cido, um dos presos na terça-feira (21), “recebeu em sua conta pessoal mais de R$ 450.7331 de clubes de futebol entre os anos de 2019-2023 sem qualquer justificativa aparente”, diz o texto do Gaeco ao pedir a prisão dele e de outros seis “cabeças” do esquema.

Os repasses da Federação aos clubes são feitos da conta oficial da instituição. Pagamentos dos clubes, porém, eram depositados em outra conta, de uma pessoa física.

E, ao depositarem dinheiro na conta pessoal de Aparecido ficava claro que havia algo de errado, a não ser que os diretores destes clubes fossem extremamente *ingênuos” ao ponto de não saberem que estes depósitos teriam de ser feitos na conta oficial da Federação.

E, graças ao voto destes dirigentes de clubes é que Francisco Cezário conseguia se perpetuar no comando da Federação, da qual desviou, segundo o Gaeco, mais de R$ 6 milhões somente entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023.

Esse valor, porém, é muito maior, deixa claro a denúncia do MPE. Isso porque o esquema está em pleno andamento e exatamente por isso foi pedida a prisão de Cezário e demais envolvidos, justifica a promotoria ao fazer pedido para que o juiz decretasse a prisão preventiva.

A decisão judicial que decretou a prisão de Cezário e outros seis não traz detalhes sobre a quantidade de depósitos ou sobre os clubes que repassavam estes valores para Cido. Também não esclarece se os valores eram relativos ao pagamento de taxas ou se eram alguma devolução (rachadinha) de parte daquilo que recebiam da Federação.

Outro indício de que os clubes conheciam o esquema e que eram coniventes é o fato de que, apesar da prisão e das evidências apresentadas até agora, nenhum dirigente ter vindo a público até agora para exigir a destituição Cezário ou para pedir a intervenção na Federação.