(67) 9 9123-6297 | ocontribuintebr@gmail.com

Pesquisar
Close this search box.

Planalto apaga frase de Lula chamando bebê de “monstro”

Vídeo sem a declaração foi compartilhado nas redes sociais

A deputada e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PR), divulgou no Instagram um trecho da entrevista que Lula concedeu à rádio CBN. O vídeo, que foi creditado como do Canal Gov, aparenta estar editado por não mostrar a parte em que o petista chama o bebê de uma vítima de estupro de “monstro”.

Há também na gravação uma marca d’água do Canal Gov cujo perfil também divulgou o vídeo editado.

A fala de Lula ocorreu nesta terça-feira (18), durante comentário sobre o projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação com crime de homicídio.

– Elas têm o direito de ter comportamento diferente e não querer o filho. Por que uma menina é obrigada a ter um filho do cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre dela? – questionou ele em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira (18).

O presidente ainda indagou qual seria o posicionamento do autor do projeto, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), se a filha dele estivesse em uma situação semelhante.

– Queria saber se uma filha dele fosse estuprada, como ele iria se comportar – assinalou.

Ao longo da entrevista, o petista voltou a alegar ser pessoalmente contra o aborto, mas acrescentou que enquanto for chefe de Estado, tal assunto será tratado como “questão de saúde pública”.

– Você não pode continuar permitindo que a madame vá fazer aborto em Paris e a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô. Quem aborta são meninas [de] 12, 13, 14 anos; é crime hediondo um cidadão estuprar uma menina de 10, 12 anos e depois querer que mulher tenha o filho. É preciso, de forma civilizada, discutir. As crianças estão sendo violentadas dentro de casa – acrescentou.

O presidente indicou ainda que esse é um tema que não devia ser priorizado no atual debate político e social do Brasil.

– O aborto não deveria nem ter entrado em pauta. O tema do Brasil não é esse – avaliou.