As eleições municipais de 2024 evidenciaram que a esquerda, especialmente o PT de Lula, ainda não compreendeu que a divisão do país entre pobres e ricos ignora as demandas da classe média, que migrou em massa para a direita.
Essa é a análise apresentada em um editorial de opinião do jornal O Estado de S. Paulo.
O texto critica a abordagem de Lula e do PT em relação à classe média brasileira, afirmando que o partido permanece preso a uma visão ultrapassada, influenciada pelo sindicalismo do século XX.
Segundo o editorial, essa visão polariza a sociedade em uma luta de classes, desconsiderando as aspirações da classe média, “particularmente seu desejo por maior liberdade econômica e menor intervenção do Estado”.
Além disso, o editorial ressalta que, durante os governos petistas, essa classe foi tratada como secundária e muitas vezes rotulada como “burguesia”.