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Gilmar Mendes diz que judiciário vai esclarecer suspeita de venda de sentenças envolvendo Nunes Marques e STJ

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira (18), durante visita à Cuiabá (MT), que o Supremo está empenhado em esclarecer as investigações sobre o suposto esquema de venda de sentenças judiciais, envolvendo diálogos extraídos do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023. O caso, que inclui menções ao ministro Kassio Nunes Marques, está sob apuração do STF e da Polícia Federal (PF).

As investigações indicam que o advogado Zampieri e o lobista Anderson de Oliveira Gonçalves podem ter agido em conjunto para influenciar decisões judiciais. Conforme investigações, trocas de mensagens analisadas pelas autoridades indicam que o lobista tentou aparentar proximidade com Nunes Marques enquanto atuava em processos sob sua relatoria no Supremo.

O ministro Gilmar Mendes explicou que o processo foi remetido ao STF a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e distribuído ao ministro Cristiano Zanin, que conduzirá as apurações.

“As investigações estão em andamento, e o Judiciário está empenhado em esclarecer esses casos com a rapidez possível,” afirmou Mendes. Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de cautela em relação às informações divulgadas. “Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro. É preciso reflexão e cuidado, tanto por parte das autoridades investigadoras quanto da imprensa,” destacou.

Mendes reiterou o compromisso do STF e do CNJ com a investigação e a transparência. “Estamos interessados no esclarecimento dos fatos. O Judiciário estará empenhado em garantir que tudo seja elucidado da forma mais rigorosa possível,” concluiu.

Vale destacar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou cautelarmente dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, por suspeitas de envolvimento em práticas ilícitas, incluindo recebimento de vantagens financeiras para favorecer. Além disso, o STJ (Superior Tribunal de Justo), afastou cinco desembargadores do Mato Grosso do Sul, pela mesma suspeita.