Após a rede globo ter mostrado em rede nacional no programa Profissão Repórter, o flagrante assédio eleitoral numa reunião do programa “Mais Social” no município de Coronel Sapucaia (MS), além de receber diversas denúncias com fortes indícios de compra de votos e abuso de poder político e econômico durante a campanha para governador do estado, a coligação “Mudança de Verdade” ajuizou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral junto ao Tribunal Regional Eleitoral de MS, contra Eduardo Riedel (PSDB) e Barbosinha (PP), pela suspeita de abuso de poder político e compra de votos nas eleições.
A ação ajuizada nesta quinta-feira, 15, apresenta graves denúncias e provas que evidenciam supostas irregularidades ocorridas durante o processo eleitoral, como a utilização do programa estadual “Mais Social” para cooptar ilegalmente os votos dos eleitores. A coligação denunciou que eleitores foram ameaçados de ficar sem o programa Mais Social caso o candidato Eduardo Riedel não vencesse as eleições.
Outro fato denunciado pela coligação foi o abuso do poder político com a ação coordenada e abusiva dos prefeitos municipais, argumentando que “passaram a fazer campanha ativamente em favor dos Requeridos, em suas redes sociais e pessoalmente, utilizando-se de toda sua influência política na região em que foram eleitos para disseminar fakenews que foram reiteradamente reconhecidas pelo TRE, bem como, em alguns casos, praticaram, inclusive, coações criminosas contra eleitores com ameaças de exoneração de funcionários públicos que optassem por votar ou declarar apoio ao candidato da coligação Requerente”.
Segundo a ação, a participação dos prefeitos extrapolou o mero apoio político, passando a representar “verdadeira coação para incutir medo nos eleitores”. Alguns prefeitos citados na ação passaram a utilizar suas influências para propagar “inúmeras fakenews declaradas em redes sociais e veículos de comunicação”.
A divulgação de mensagens mentirosas por prefeitos levou à apresentação de Notícia Crime direcionada ao Ministério Público Eleitoral. Inclusive, o próprio TRE reconheceu algumas irregularidades relacionadas às ações de prefeitos, como a prefeita de Sidrolândia condenada ao pagamento de multa, por divulgar fake news e o prefeito de Antônio João condenado por propaganda irregular para prejudicar o Capitão Contar.
A ação já foi recebida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul que deu o prazo de cinco dias para a apresentação da defesa dos acusados.