O ex-vereador Ayrton de Araújo (PT) retirou a ação judicial que pedia a cassação do diploma do vereador Jean Felipe Morais Ferreira Barbosa, também do PT, eleito e empossado neste ano em Campo Grande. A iniciativa de Ayrton foi interpretada como uma disputa interna no partido.
A ação judicial havia sido fundamentada na desaprovação das contas de campanha de Jean Ferreira pela 44ª Zona Eleitoral de Campo Grande. Contudo, antes que o vereador fosse oficialmente citado, Ayrton solicitou a desistência do processo.
Com base no pedido, o juiz Alexandre Antunes da Silva, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), homologou a desistência e decidiu extinguir o processo sem julgamento do mérito. Em sua decisão, o magistrado afirmou:
“Considerando que o requerente pediu expressamente a desistência da ação, antes mesmo da citação da parte contrária, homologo o pedido de desistência, nos termos do art. 200 c/c art. 485, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil, e extingo o processo sem resolução de mérito, conforme dispõe o art. 485, VIII, do CPC.”
Nomeação
A nomeação de Ayrton Araújo por Luiza Ribeiro (PT) é altamente questionável, especialmente após ele ter tentado cassar o mandato de um colega de partido. Essa atitude pode ser vista como um ato de despeito e oportunismo, que desvaloriza a ética e a confiança dentro do próprio partido. Ayrton, ao aceitar o convite de Luiza Ribeiro, demonstra uma falta de princípios, já que sua tentativa de cassar o mandato de Jean Ferreira foi um movimento que não contribuiu para o bem-estar ou a unidade do partido, mas sim para uma agenda pessoal.
“Eu estava em casa quando recebi um convite da vereadora Luiza Ribeiro. Não me fiz de rogado e aceitei de bom grado e vou continuar na Câmara, servindo ao mandato dela”, declarou Ayrton, mostrando uma aparente falta de reflexão sobre as implicações éticas de suas ações anteriores e atuais. Essa nomeação não só levanta questões sobre a integridade da vereadora Luiza Ribeiro em escolher alguém que recentemente tentou desestabilizar um membro do próprio partido, mas também sobre o valor que o PT de Campo Grande dá à coesão e à moralidade política.