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Haddad culpa eleição de Trump pela alta dos combustíveis e alimentos no Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, no final de 2024, contribuiu diretamente para a alta do dólar, o que impactou os preços dos combustíveis e alimentos no Brasil. Segundo Haddad, o fortalecimento da moeda americana afetou as exportações brasileiras de gasolina e diesel, elevando os custos ao consumidor final.

“Depois da eleição do Trump, teve uma disparada no dólar, e a gente exporta gasolina e diesel. Isso tem um reflexo nos preços”, explicou o ministro, em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE), nesta sexta-feira (7).

Perspectivas de alívio

Apesar da crítica, Haddad demonstrou otimismo em relação ao futuro. Ele destacou a recente queda do dólar, que passou de R$ 6,10 para R$ 5,80, e afirmou que isso pode aliviar a pressão sobre os preços. O ministro também apontou uma safra recorde prevista para 2025 e o término do ciclo do boi como fatores que devem beneficiar a economia nos próximos meses.

Críticas às privatizações de refinarias

Na mesma entrevista, Haddad criticou a privatização de refinarias iniciada no governo Michel Temer e concluída durante a gestão de Jair Bolsonaro. Segundo ele, essas medidas contribuíram para os aumentos nos preços dos combustíveis.

“Os preços subiram no exterior, e o empresário quer lucrar e vai procurar o melhor negócio”, disse o ministro, referindo-se à política de preços das refinarias privatizadas.

Impacto no preço dos combustíveis

A Petrobras recentemente anunciou um reajuste no preço do diesel, aumentando o valor médio para R$ 3,72 por litro, após mais de um ano sem alterações significativas. Segundo Haddad, a valorização do dólar, somada a outros fatores, como uma seca no Rio Grande do Sul que impactou a produção de soja, também encareceu alimentos e derivados.

Reforma tributária e redução de impostos

Haddad destacou que a reforma tributária, prevista para entrar em vigor em 2027, trará benefícios ao reduzir a tributação estadual sobre produtos da cesta básica, como carnes. Ele lembrou ainda que o presidente Lula já zerou os impostos federais sobre esses itens.

“A Constituição Federal vai impedir que os governadores cobrem imposto sobre a cesta básica, que já não tem impostos federais”, afirmou Haddad, em defesa das medidas econômicas do governo.

Crise de popularidade e pressão no mercado financeiro

Apesar das projeções positivas, o governo de Lula enfrenta uma crise de popularidade, intensificada pelo aumento dos preços e polêmicas, como a fiscalização do Pix pela Receita Federal — uma medida já revogada. Além disso, Haddad está sob pressão do mercado financeiro para implementar cortes nos gastos públicos e controlar a dívida pública, fatores que afetam a confiança do governo perante investidores.