A citação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto ele ainda se recupera em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) causou forte reação entre seus aliados políticos. O episódio, interpretado por eles como mais uma forma de perseguição, levantou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, responsável pela determinação da intimação.
O deputado federal Marcos Pollon foi direto ao criticar o que classificou como uma tentativa de desviar o foco das denúncias de fraude no INSS.
“O fim da picada! Um abraço o desumano de um ditador insano, que servindo de lacaio do Lula cria um factoide para desviar o foco da fraude no INSS”, afirmou.
A vereadora Ana Portela também se manifestou, destacando a falta de sensibilidade diante da condição clínica de Bolsonaro:
“A perseguição ao presidente Bolsonaro passou de todos os limites. Mesmo internado em uma UTI, em recuperação de uma cirurgia delicada, foi citado judicialmente com um prazo de apenas 5 dias para se manifestar. Isso não é normal. E não é apenas um erro de timing, é uma tentativa clara de humilhação pública.”
Portela ainda frisou que o episódio fere princípios básicos de humanidade e do estado de direito.
“Quem defende justiça e legalidade não compactua com esse tipo de abuso. O respeito à dignidade de qualquer cidadão, especialmente em situação de vulnerabilidade, é um princípio básico do estado de direito.”
O deputado estadual Coronel David apontou ilegalidade na ação:
“O ministro Alexandre de Moraes cometeu dois erros nesta determinação de intimação: o erro jurídico foi afrontar o art. 244 do Código de Processo Civil, que não autoriza a intimação no hospital. A outra é a questão humanitária ao obrigar a oficiala de justiça a cumprir sua determinação de forma constrangedora. Foi um ato abjeto, digno de desprezo.”
Já o ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Capitão Contar, afirmou que o gesto representa a face mais cruel da perseguição política:
“Até que ponto eles chegaram! Essa é a perversidade padrão de quem persegue injustamente e de forma totalmente desumana. Não respeitam o leito de hospital e nem esperam a plena recuperação após uma cirurgia complexa. Que Deus proteja Bolsonaro!”
A intimação judicial, segundo os aliados, foi entregue enquanto Bolsonaro ainda se encontrava hospitalizado, o que não apenas fere preceitos jurídicos, como também representa uma afronta humanitária. O caso amplia o debate sobre o tratamento dispensado ao ex-presidente nos processos em que é investigado e reacende críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal em ações envolvendo figuras da oposição.