O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), gastou, com o cartão corporativo da Presidência em Mato Grosso do Sul, mais de R$ 200 mil durante as quatro viagens que fez ao Estado. Com o fim do mandato do capitão, o Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disponibilizou as informações, revelando que os maiores beneficiados pelo antecessor foram padarias e hotéis no Estado.
O maior gasto com o cartão ocorreu durante a viagem a Corumbá, em 18 de agosto de 2020, quando o presidente veio para inaugurar a estação radar. Na ocasião, houve gasto de R$ 70 mil, que incluiu pousada de luxo em Bonito e R$ 10 mil em uma padaria de Maracaju, a 480 quilômetros da Cidade Branca.
O segundo maior gasto ocorreu na viagem a Terenos, em 14 de maio de 2021, quando veio entregar 300 títulos para assentados da reforma agrária. Na ocasião, a permanência do presidente por algumas horas em MS custou R$ 54,6 mil. Em apenas uma padaria de Campo Grande, Bolsonaro torrou R$ 23 mil com alimentos adquiridos em uma padaria.
A viagem para Ponta Porã para a entrega de 2,6 mil títulos para os assentados na Itamarati custou R$ 46,9 mil, sendo que houve gasto apenas com hospedagens na cidade fronteiriça. Já a outra viagem à fronteira, em 30 de junho de 2021, para inaugurar outro radar, teve gasto de R$ 28,8 mil.
A viagem com mais gastos ao Estado por Bolsonaro foi a realizada para inaugurar o radar em Corumbá, em 18 de agosto de 2000. Na época, a equipe da presidência com hospedagem, como R$ 22,5 mil no Santa Mônica Palace Hotel, em Corumbá, R$ 11,2 mil no Hotel Vale Verde, em Campo Grande, e R$ 7,8 mil no Lucca Hotel Pousada, em Bonito.
Também houve gasto com padaria. A equipe presidencial emitiu duas notas fiscais para pagar R$ 10 mil para a Milagre do Trigo, em Maracaju, a 480 quilômetros de Corumbá. Já na cidade corumbaense, o cartão de Bolsonaro pagou mais R$ 15,8 mil em alimentação comprada no Dolce Café. Houve gasto com combustível, de R$ 907 em um posto da Capital e R$ 1,6 mil com locação de palco e tenda em Corumbá.
Já na viagem para entrega de 300 títulos no Assentamento Santa Mônica, em Terenos, houve o gasto de R$ 54,6 mil com o cartão corporativo. O maior desembolso foi com o Exceler Plaza Hotel, com R$ 28,2 mil. No restaurante do hotel, a equipe pagou R$ 360. Também houve o pagamento de R$ 23,1 mil para a Padaria Confiança, em Campo Grande. A locação de tendas custou mais R$ 2,9 mil.
Os gastos de Bolsonaro com cartão corporativo em MS:
Viagem a Corumbá – 18 de agosto de 2020 – R$ 70.086,82
Viagem a Terenos – 14 de maio de 2021 – R$ 54.646,00
Viagem a Ponta Porã – 29 de março de 2022 – R$ 46.923,00
Viagem a Ponta Porã – 30 de junho de 2021 – R$ 28.899,00
A viagem ao Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, para entrega de 2,6 mil títulos da reforma agrária, custou R$ 46,9 mil. O maior gasto foi com hospedagem, no valor de R$ 29,8 mil no Hotel e Turismo Pousada do Bosque, e de R$ 17,1 mil no Hotel Bercelona.
Na outra viagem à fronteira com o Paraguai, para a inauguração de uma nova estação radar de vigilância do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), em 30 de junho de 2021, a comitiva presidencial gastou R$ 28.899 no cartão corporativo.
Foram gastos R$ 16 mil em hospedagens no Porta do Sol Hotéis e mais R$ 12.389 na Panificadora Delícias, para fornecimento de alimentação. Nesta data, ainda foram gastos R$ 510 em hospedagem no Hotel Galli, em Campo Grande.
Na viagem para Campo Grande, no dia 30 de junho do ano passado, quando desfilou em carro aberto com Eduardo Riedel (PSDB) e desfilou de moto com o adversário, Capitão Contar (PRTB), não houve gasto na Capital, conforme os dados disponibilizados.