(67) 9 9123-6297 | ocontribuintebr@gmail.com

Pesquisar
Close this search box.

Tarifa sobe, serviço piora e Consórcio ainda quer multa milionária

Enquanto é alvo de uma CPI na Câmara Municipal por falhas nos serviços, o Consórcio Guaicurus acionou a Justiça para cobrar multa milionária da Prefeitura de Campo Grande. O motivo: o atraso no reajuste da tarifa de ônibus de R$ 4,75 para R$ 4,95, que só ocorreu em janeiro deste ano por decisão judicial.

A empresa alega que o aumento deveria ter sido aplicado em 25 de outubro de 2024 e, por isso, pede 200% da diferença tarifária referente aos 88 dias de atraso. Com uma média mensal de 2,3 milhões de passagens vendidas, o valor da multa pode chegar a cifras milionárias.

Mesmo com apoio político e previsão de receber cerca de R$ 64 milhões em subsídios e isenção de impostos neste ano, o Consórcio mantém ações judiciais para obter mais dinheiro público. Também busca um segundo reajuste ainda em 2025, pedindo que a chamada “tarifa técnica” suba de R$ 5,95 para R$ 7,79, valor que seria coberto por subsídios.

Entre março de 2023 e abril de 2024, a receita do Consórcio foi de R$ 195,6 milhões. Ainda assim, alega dificuldades financeiras e quer que o município pague mais R$ 6,5 milhões por valores supostamente pendentes. A Justiça aguarda perícia contábil para avaliar a real situação financeira da empresa.

Enquanto isso, o serviço prestado é alvo de críticas, com relatos de ônibus sujos, falta de manutenção e uma frota sucateada — mesmo diante de uma receita bilionária acumulada desde o início do contrato.