A Justiça decidiu manter, nesta sexta-feira (6), a prisão preventiva do ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra (PSDB), além de dois de seus assessores. O trio havia sido detido durante a quarta fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Durante a audiência de custódia realizada na manhã de hoje, a defesa dos investigados tentou reverter as prisões, mas a juíza responsável decidiu manter a custódia, justificando a medida como necessária para garantir o bom andamento das investigações e preservar a ordem pública. Uma nova reavaliação do caso está prevista para ocorrer dentro de 90 dias.
As investigações apontam que Claudinho Serra lideraria uma estrutura criminosa montada para fraudar licitações e desviar recursos públicos na Prefeitura de Sidrolândia. Segundo o Gaeco, o prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 20 milhões. Parte desse montante teria sido movimentado por meio de contratos simulados com empresas ligadas ao grupo investigado.
Apesar de algumas ações anteriores já terem levado à formalização de denúncias e à adoção de medidas de monitoramento dos suspeitos, o Ministério Público constatou que o esquema continuava em operação. A persistência das atividades ilícitas, mesmo após as fases iniciais da operação, foi um dos principais argumentos para a nova onda de prisões.
A atuação dos assessores de Claudinho, segundo o MP, era essencial para manter o funcionamento do esquema. Eles estariam envolvidos diretamente na celebração de contratos e na ocultação do destino dos recursos públicos desviados.
Com as prisões mantidas, a Operação Tromper avança para novas etapas, podendo alcançar outros agentes públicos e empresários envolvidos com o grupo.