Helkis Clark Ghizzi é o defensor público afastado nesta quarta-feira em operação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado.
Helkis é pai de Bruno Ghizzi, preso desde março de 2022, ele é apontado como o delator do esquema que envolvia presos faccionados do PCC (Primeiro Comando da Capital) e advogados em Campo Grande. Conforme investigações, Bruno integrava um grupo de advogados que prestava “serviços” ao PCC, facção criminosa que age dentro e fora dos presídios brasileiros.
A Operação “Maître” (Mestre) é a segunda fase da Operação “Courrier”. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 4 quatro endereços da Capital, aplicação de medidas cautelares diversas de prisão (proibição de manter contato por qualquer meio com investigados da “Courrier” e proibição de acesso a órgãos públicos e seus sistemas, sobretudo à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, salvo quando intimados) e suspensão de Helkis.
O Gaeco apura crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional qualificada, atribuídos Bruno Ghizzi, apontado como “gravata” do PCC e que já se encontra custodiado preventivamente, o defensor Helkis eseu ex-assessor, também advogado Jesuel Marques. Eles são suspeitos de usarem senhas sigilosas para fazerem pesquisas sobre possiveis vítimas.
O defensor afastado já chegou a comcorrer em 2015 a eleição para o cargo de defensor público-geral.
A operação contou com quatro promotores de Justiça e 20 (vinte) policiais do GAECO. As diligências também são acompanhadas pela Defensoria-Geral, pela Corregedoria-Geral da Defensoria Pública e pela Comissão de Defesa e Assistências das Prerrogativas dos Advogados.
O nome da operação faz alusão à forma pela qual os demais integrantes da associação criminosa referiam-se ao Defensor Público, denominando-o “Mestre”. Maître, em francês, é tratamento conferido aos operadores do Direito.