Os integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que organizaram o plano de assassinato do senador Sergio Moro (União-PR) tiveram acesso a informações do Detecta — o programa de monitoramento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). As informações constam em relatório produzido pela Polícia Federal (PF).
Em conversa interceptada pela PF, um dos investigados pede ao comparsa que investigue a placa de um carro da Polícia Civil. “Parceiro, precisava saber aonde esse carro andou de sábado até hoje [sic]”, diz a mensagem. “Consegue dar uma força para mim, para vê [sic] no Detecta?”
A facção criminosa tem o objetivo de assassinar políticos e autoridades brasileiras. Sua lista negra é formada especialmente por Moro, pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, pelo ex-secretário de Administração Penitenciária Lourival Gomes, pelo deputado federal Coronel Telhada (PP-SP), pelo diretor de presídios Roberto Medina e pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya.
Nesta semana, a PF prendeu os integrantes do PCC que planejavam resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Depois de fracassarem na operação, os criminosos decidiram assassinar políticos em Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.