“O que fará Sônia Guajajara para libertar os índios presos em MS?” É o questionamento do Partido da Causa Operária sobre a situação dos indígenas da reserva mais populosa do país presos em Dourados, incluindo Magno Souza que foi candidato do PCO ao governo do Estado.
Os indígenas ocuparam o local em 7 de abril alegando que o terreno onde um condomínio de luxo começou a ser construído pertence à Reserva Indígena de Dourados. A Polícia Militar prendeu nove indígenas do povo guarani-kaiowá na manhã seguinte e seguem presos até hoje.
O PCO destaca que não houve declarações por parte da ministra dos povos originários, Sônia Guajajara e diz que nada foi feito para libertá-los, apesar de ter projetado seu nome na carreira política se apresentando como “defensora dos indígenas e “povos originários” do Brasil”.
Em outro momento, PCO questiona os interesses da ministra indicada por Lula: “Tem a obrigação de ir até o Mato Grosso do Sul para atender às demandas dos índios de lá, que estão em uma guerra permanente com o latifúndio, que ameaça suas vidas e os tira de suas terras pelo uso da força, caso se mantenha como está, mostrará que seu compromisso não é com os indígenas de verdade do Brasil, que estão sim em perigo por conta do latifúndio, mas que seu compromisso é com si mesma e com o grande capital que manipula a situação deplorável do índio brasileiro para seus objetivos mesquinhos de dominação do Brasil”.
Com o início das obras, os indígenas procuraram o Ministério Público Federal. O MPF afirma que pediu informações à Corpal em dois ofícios, nos dias 15 e 29 de março, mas só teve resposta em 10 de abril, após a prisão dos indígenas. A Corpal alegou que só soube do pedido do MPF em 29 de março e que decidiu paralisar as obras naquele mesmo dia e diz que já restou os esclarecimentos solicitados.