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Antigos rivais, André e Azambuja selam acordo entre MDB e PSDB em MS; Veja

Adversários históricos na política estadual, os ex-governadores André Puccinelli, MDB, e Reinaldo Azambuja, PSDB, protagonizaram a primeira aparição juntos, após a aliança selada entre os grupos do PSDB e MDB.

O acordo firmado entre os partidos, pode ter causado espanto para muitos. Nas eleições de 18 e 22, o MDB se recusou a apoiar o PSDB até mesmo no segundo turno. Além disso, Reinaldo e André se alfinetaram em diversas oportunidades nos últimos anos.

De olho no pleito de 2024, o MDB deixou de lado a mágoa com os tucanos e costurou acordos que beneficiam parlamentares e políticos do partido.

Apesar das lideranças dos dois partidos negarem publicamente, as tratativas da reunião, publicada pelo O Jacaré, interlocutores dos dois partidos confirmaram que o acordo entre emedebistas e tucanos foi selado.

Um dos compromissos seria para as eleições de 2024, com a indicação da filha de André, Denise Puccinelli, MDB, como vice na chapa do deputado federal e pré-candidato à prefeitura da Capital, Beto Pereira, PSDB.

Outro compromisso firmado seria o apoio do MDB à reeleição do governador Eduardo Riedel, PSDB, e à candidatura do ex-governador Reinaldo Azambuja, PSDB, para o Senado em 2026.

O Contribuinte apurou que os partidos combinaram de mapear os eventuais postulantes ao cargo de prefeito e vice-prefeito nos 78 municípios para conversar sobre as alianças no interior.

A reunião também contou com a participação do governador Eduardo Riedel, secretário de Governo, Eduardo Rocha, Sérgio de Paula, deputados do MDB Márcio Fernandes e Renato Câmara, e do ex-senador Waldemir Moka. Além do Presidente Estadual do MDB, Júnior Mochi.

Rivalidade

Em 2014, quando Reinaldo Azambuja venceu as eleições pela primeira vez, o MDB fez parte de uma das chapas que rivalizou com o tucano. Quando candidato à sucessão de André Puccinelli, Nelsinho Trad ficou em terceiro no primeiro turno.

Eleições de 2018

Mas foi em 2018, na reeleição de Azambuja, que tucanos e emedebistas protagonizaram uma verdadeira guerra. Às vésperas das eleições de 2018, em julho, Puccinelli e o filho foram presos, com isso o MDB teve que lançar de última hora o deputado estadual Júnior Mochi, que ficou em terceiro no primeiro turno.

No segundo turno o MDB resolveu apoiar o adversário dos tucanos naquela eleição, o Juiz Odilon. O apoio do MDB no segundo turno deu mais sustentação política ao candidato Juiz Odilon, que perdeu a eleição para Reinaldo por menos de 70 mil votos.

Eleições de 2022

Em 2022, o cenário se repetiu, mas dessa vez Puccinelli concorreu ao pleito, contra Eduardo Riedel, então candidato à sucessão de Azambuja.

Puccinelli ficou em terceiro lugar no primeiro turno e apesar da pressão de deputados da base, decidiu apoiar o adversário dos tucanos no segundo turno, o Capitão Contar.