O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, agendou para 22 de junho o julgamento de uma ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
Em julho do ano passado, Bolsonaro participou de uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto. Na ocasião, o assunto foi a falta de insegurança do processo eleitoral. Este é o foco do julgamento no TSE.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu, em abril deste ano, a inelegibilidade de Bolsonaro. O órgão afirmou que o discurso crítico ao processo eleitoral supostamente afetaria a confiança de parte da população brasileira nas urnas eletrônicas.
Segundo o MPE, há indícios de abuso de poder político, abuso de autoridade, desvio de finalidade e uso indevido dos meios de comunicação por parte de Bolsonaro.
O general Walter Braga Netto, candidato à Vice-Presidência nas eleições de 2022, também é alvo da ação. Mas o MPE defendeu a absolvição do militar da reserva, por entender que ele não tem participação nas críticas de Bolsonaro.
A ação foi liberada para ir a julgamento em 1º de junho, pelo corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves.