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Opinião: Lula mente de novo e proposta para baratear carros populares é ilusória

A redução do preço dos carros populares é para inglês ver. A suposta redução do preço do veículo, proposta pelo governo Lula da Silva, não passa de mais uma manobra populista do petista.

A proposta tem como objetivo reduzir em até 10,96% o valor do veículo, ou seja, você comprando um Kwid, que custa em torno de R$ 68 mil reais, com essa redução você vai estar pagando R$ 61 mil reais, fora emplacamento e impostos, uma redução de quase R$ 7 mil reais, mas o que isso reflete para o povo – que vive com salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.320?

O financiamento é principal porta de entrada para o veículo novo de muitos, especialmente dos brasileiros mais pobres. Hoje com as taxas de juros a níveis astronômicos, os bancos cobram caro por conta da inadimplência e a insegurança jurídica de operar no Brasil, os bancos cobram caro pelo financiamento, então vamos exemplificar.

O banco Bradesco trabalha com uma taxa de juros ao mês de 1.88% ou 25% ao ano. O banco Santander com 2.07% e 27.94%. Supondo que você financiou 60 mil reais do seu carro 0 KM, em 4 anos você vai pagar em torno de R$ 2.350 reais ou R$ 2.530 reais em 48 meses, praticamente 2 salários mínimos.

Fora isso, o Governo Federal anunciou que o dinheiro do financiamento do “carro popular para os mais pobres”, sairá da antecipação dos impostos sobre o diesel, que está isento de impostos federais até janeiro do ano que vem, como forma de deixar o frete mais barato.

O frete é um dos componentes do preço de tudo que consumimos. Alimentos, vestuário, produtos de higiene e transporte público. A retomada dos impostos sobre o diesel vai impactar o frete e aumentar os preços, gerando inflação. Quem sofre mais com aumento de preços é quem tem menos renda. Especialmente os mais pobres.

E é assim que Lula e Haddad farão os mais pobres finalmente pagarem pelo carro popular sem que tenham acesso efetivo ao veículo. O governo deveria se atentar ao poder de compra do Brasileiro e não em uma redução simbólica, que não passa de uma manobra populista que vai gerar baixo impacto.

Mayke Vilalba.