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‘A PF agiu politicamente’, afirma advogado de Tenente Portela

Advogado criticou o indiciamento de Tenente Portela pela Policia Federal

O advogado Carlos Dantas, representante do militar da reserva Aparecido Portela no Supremo Tribunal Federal (STF), criticou duramente a Polícia Federal (PF) por incluir seu cliente em investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Dantas expressou sua insatisfação com a decisão da PF.

“É tudo muito estranho”, afirmou Dantas. “A PF agiu politicamente. O relatório que indiciou Portela não tem nenhuma prova nova, fato novo, nada diferente do anterior. As acusações são inverídicas.”

Aparecido Portela, conhecido como Tenente Portela, foi indiciado pela Polícia Federal em 11 de dezembro, junto com outros dois militares. Ele é próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ocupa cargos relevantes: suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul.

Anteriormente, em novembro, a PF já havia indiciado Bolsonaro e mais 36 pessoas sob a mesma acusação. Portela teria atuado como intermediário entre o governo Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas, conforme apontam as investigações.

Amigos de longa data

Dantas lembrou da amizade de longa data entre Portela e Bolsonaro, que remonta aos anos 1970, quando serviram juntos no Exército em Mato Grosso do Sul. O advogado mencionou que Bolsonaro sempre convidou Portela para eventos. A defesa utiliza essa proximidade para refutar as acusações.

Conforme apontado pela Polícia Federal, Portela e Bolsonaro se conheceram em Nioaque (MS), próximo à fronteira com o Paraguai. Na época, tentaram empreender em cultivo de arroz e garimpo de ouro.

A defesa de Portela afirma que suas condutas foram mal interpretadas e que ele não participou de atos ilegais.