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“Ansiosa e chateada” relata advogado de presa na operação Turn Off

O dia foi agitada na sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) com os advogados dos envolvidos na operação.

Em sua maioria, os advogados optaram por manter silêncio sobre os casos, declarando apenas que estão em busca de informações. Alexandre Franzoloso, defensor da servidora Simone de Oliveira Ramires Castro, pregoeira da Secretaria de Estado de Administração, foi uma das poucas vozes a se manifestar.

Ele revelou que o depoimento de sua cliente, detida desde ontem, está agendado para amanhã, juntamente com Thiago Mishima, resultando em mais uma noite atrás das grades para ambos.

Franzoloso compartilhou que a cliente está ansiosa para entender o escopo da investigação, enfatizando que ela é uma funcionária pública há 30 anos, sem antecedentes, questionando assim a necessidade da prisão.

Os 8 detidos passaram a noite presos, homens passaram a noite no Centro de Triagem “Anizio Lima” e mulheres no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Zorzi”.

Ontem, a lista de detidos incluiu Édio Castro, adjunto da Secretaria de Educação, Simone de Oliveira Ramires Castro, Thiago Mishima, Andrea Cristina Souza Lima, Victor Leite de Andrade, Paulo Henrique Muleta Andrade, Sergio Duarte Coutinho Junior e Lucas Coutinho.

Flávio Brito, adjunto da Casa Civil e ex-secretário de Saúde, poderá ser ouvido ainda nesta tarde. A operação resultou em oito mandados de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão em diversos municípios.

A investigação, conduzida pelo GECOC e Gaeco, revelou uma organização criminosa dedicada a corrupção ativa, passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro. O Ministério Público revelou que contratos sob investigação ultrapassam 68 milhões de reais.

A operação, nomeada “Turn Off” em inglês, remete à ideia de ‘desligar’ as atividades ilícitas da organização criminosa, inicialmente descoberta no esquema de aquisição de aparelhos de ar-condicionado. O Ministério Público salienta que a investigação contou com o respaldo da Operação Parasita, realizada em dezembro de 2022, reforçando o modus operandi da organização criminosa.

A operação contou ainda com o apoio operacional do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar.