O vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra, mais conhecido como Claudinho Serra (PSDB), que foi preso durante a terceira fase da Operação Tromper, foi solto. O parlamentar que estava preso desde o dia 3 de abril, foi solto nesta sexta-feira (26).
Serra é apontado como líder da organização criminosa, conforme as investigações o grupo criminoso fraudava licitações na Prefeitura de Sidrolândia, chegando a R$ 15 milhões de desvios.
A decisão, concedida pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, vai contra a recomendação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O órgão defendeu que a soltura do vereador traria à “riscos à sociedade”, já que ele é acusado de ser o mentor da organização criminosa.
A procuradora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 22ª Procuradoria de Justiça Criminal de Mato Grosso do Sul, emitiu parecer contra o habeas corpus de Claudinho no último dia 16 de abril.
“A liberdade do paciente ofende a garantia da ordem pública, a ordem econômica, com risco concreto de reiteração delitiva em crimes contra a administração pública, enquanto integrante de organização criminosa com diversos comparsas envolvidos, agentes públicos e privados”, disse parecer de Filomena.
Ex-secretário da Casa Civil tem nome citado em anotações apreendidas na casa de vereador preso
Sérgio de Paula, ex-secretário da Casa Civil e braço do direito do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e atual secretário-executivo do Escritório de Relações Institucionais e Políticas de Mato Grosso do Sul no Distrito Federal, teve seu nome associado a anotações encontradas durante a terceira fase da Operação Tromper, deflagrada em 3 de abril.
Operação que visa combater suposto esquema de corrupção em Sidrolândia, resultou na prisão de políticos, empresários e servidores públicos, incluindo o vereador Claudinho Serra (PSDB).
Após investigação conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), diversos cadernos e agendas com anotações foram apreendidos durante os mandados de busca e apreensão.
Claudinho Serra, que também ocupou o cargo de chefe de gabinete de Sérgio de Paula na Casa Civil do Governo de MS, foi apontado como líder da organização criminosa e já se tornou réu.
Embora Sérgio de Paula não seja alvo direto das investigações até o momento, seu nome foi encontrado em uma das páginas dos cadernos apreendidos, associado a documentos relativos a obras em Aquidauana e Sidrolândia, além de valores. As anotações também mencionam o nome “Claudinho”, acompanhado do valor “500.000,00”, embora não esteja claro se refere-se ao vereador.
Além disso, a empresa AR Pavimentação e Sinalização Ltda, cujo proprietário, Edmilson Rosa, é réu na ação, foi mencionada nas investigações. A empresa é acusada de participar de licitações fraudulentas promovidas pelo grupo criminoso liderado por Claudinho Serra, conforme denúncia do MPMS.