A Câmara de Campo Grande está analisando todos os contratos firmados entre a Prefeitura da Capital e empresas investigadas na Operação Cascalhos de Areia, do Ministério Público Estadual.
Os documentos foram solicitados pela presidência da Câmara à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) em Campo Grande. A análise é realizada pelo apoio legislativo da Câmara, que está organizando contrato por contrato para investigar se há irregularidades.
“Pedi cópia de todos os contratos da Sisep. Primeiro vamos ver se realmente em algum contrato houve desvio ou não prestação do serviço contratualizado”, explicou o presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), que não descartou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em caso de irregularidades.
Os vereadores Marcos Tabosa (PDT) e Professor André (Rede) chegaram a tentar abrir uma CPI na Câmara, mas só tiveram assinaturas dos vereadores Valdir Gomes (PSD), Luiza Ribeiro (PT) e Tiago Vargas (PSD).
A operação Cascalhos de Areia é oriunda de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que tramita na Promotoria de Justiça e apura a atuação de possível organização criminosa estabelecida para a prática de crimes de peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, relativos a contratos para manutenção de vias não pavimentadas e locação de maquinário de veículos junto ao Município de Campo Grande, que ultrapassam 300 milhões de reais.
A operação teve como principal alvo a empresa ALS, do empresário André Luis Soares, conhecido como André Patrola. No total, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, incluindo documentos na Secretaria de Obras.
Uma denúncia anônima levou o Ministério Público Estadual (MPE) à Operação “CASCALHOS DE AREIA”. O denunciante relatava suposto esquema de corrupção na empresa ALS Construtora, de propriedade de André Luis Soares, mas levou a investigação a outras três empresas.
Durante investigação, o MPE acabou encontrando participação de outras três empresas: Engenex Construções, de Edcarlos Jesus Silva e Paulo Henrique Silva Maciel: JR Comércio e Serviços LTDA, de Adir Paulino Fernandes; e MS Brasil Comércios e Serviços, também de Edcarlos Jesus Silva.