(67) 9 9123-6297 | ocontribuintebr@gmail.com

Pesquisar
Close this search box.

Após operação Tromper, vereadores votam pedido de CPI em Sidrolândia

A Câmara de Sidrolândia realizará uma sessão extraordinária na próxima quinta-feira para votar um pedido de CPI. A movimentação ocorre após a segunda fase da Operação Tromper no Município, com a prisão de quatro suspeitos.

O presidente da Câmara, vereador Gringo, explica que apresentou um pedido de informações à Prefeitura, mas não recebeu reposta após 30 dias.

” A Câmara não pode ser omissa. Pode ser da gestão anterior, mas infelizmente a prefeita é gestora hoje. Precisamos encontrar caminhos e se tiver irregularidade, encontrar providências”, justificou.

O pedido ainda não foi protocolado e deve ser apresentado na quinta-feira. Seguindo o regimento, é preciso seis assinaturas para tramitação e oito para aprovação da CPI.

O presidente da Câmara acredita que a CPI deve ser aprovada, mas descarta afastamento da prefeita Vanda Camilo, a pedido da Câmara. “Se ela for afastada, será a pedido do Ministério Público”, afirmou.

Investigação

O Ministério Público Estadual identificou a existência de um esquema de corrupção na atividade administrativa do municipio de Sidrolândia, aparentemente em funcionamento desde o ano de 2017, gestão passada, de Marcelo Ascoli, destinado a obtenção de vantagens ilicitas por meio de fraudes em licitações.

Os investigados foram denunciados por suspeita de criar objeto social sem apresentar qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução do serviço nos contratos firmados com o município.Segundo MPE, EVERTOM LUIZ DE SOUZA LUSCERO EIRELI, R&C COMERCIO E SERV MANUT LTDA-ME, ODINEI OLIVEIRA (Lava Jato Romeiro), sob o comando de Uevertom da Silva Macedo, montaram um grupo criminoso com o fim de ganhar, mediante prévio acordo, licitações em Sidrolândia.

O MPE realizou inspeções de documentos comprovando que os alvos, unidos com servidores públicos, ajustavam previamente os interesses para não só conseguir algum contrato com a Prefeitura, como também para burlar a execução contratual.“Dessa maneira, além das análises das ilegalidades existentes nos procedimentos licitatórios levantadas antes das quebras de sigilo, o Ministério Público amealhou outros elementos que reforçam os indicios de materialidade e autoria nos certames públicos já analisados e em outros”.

A conclusão foi de que os documentos encontrados demonstram o vinculo entre os investigados, com compartilhamento de informações entre eles, que deveriam ser confidenciais, como, por exemplo, proposta de preço, documentos pessoais, carimbos das empresas, com elementos indicativos da existência de conspirações e acordos ilegais entre os envolvidos.

O MPE ainda identificou movimentações entres os investigados e entre os investigados e servidores públicos, além de transações atípicas indicativas de lavagem de dinheiro.“As ilicitudes, porém, não se limitaram aos vínculos, mas também aos documentos apresentados nas fases das licitações em que o grupo se sagrava vencedor e na fase da execução contratual, mediante subcontratação total do serviço além da inexecução do objeto licitado”.