A troca de farpas entre Argentina e o regime do ditatorial da Venezuela atingiu um novo nível nesta quarta-feira (13), após a proibição venezuelana de que aeronaves argentinas sobrevoem seu território. O porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, não poupou críticas ao chanceler venezuelano, Yván Gil, respondendo às acusações de forma contundente durante coletiva de imprensa na Casa Rosada.
“Primeiro respondo à questão de [sermos chamados de] neonazistas. O que se pode esperar de um burro além de um coice? A única coisa que se pode esperar de um governo de ditadores são questões que não merecem nem resposta”, declarou Adorni, em resposta às acusações de Gil. O chanceler venezuelano havia qualificado o governo argentino como “neonazista” e chamado Adorni de “cara de pau”.
A tensão entre os dois países vem se intensificando desde que a Venezuela proibiu voos argentinos em retaliação à apreensão e envio de um avião de carga da empresa estatal venezuelana Emtrasur para os Estados Unidos, em fevereiro deste ano. O episódio gerou acusações mútuas e resultou na proibição de sobrevoos argentinos pelo espaço aéreo venezuelano.
Em seu comunicado, o chanceler venezuelano afirmou que a Venezuela exercia plena soberania sobre seu espaço aéreo e que nenhuma aeronave de bandeira argentina seria autorizada a sobrevoar o território venezuelano até que a empresa Emtrasur fosse devidamente compensada pelos danos causados.
A Argentina, por sua vez, reiterou seu compromisso em não ceder a pressões externas.