O instituto Genial Quaest divulgou nesta quarta-feira, 20, a pesquisa realizada com 101 agentes do mercado financeiro sobre o governo Lula. A avaliação negativa dos investidores em relação à gestão do mandatário petista subiu 12 pontos porcentuais desde novembro, passando de 52% de desaprovação para 64% em março.
Houve queda entre os que consideram o governo Lula regular, passando de 39% para 30%. A mesmo cenário se deu com relação aos aprovam, caindo de 9% para 6%.
A Genial Quaest ouviu gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro no Rio de Janeiro e em São Paulo entre os dias 14 e 19 deste mês.
Vale e Petrobras
De acordo com as respostas obtidas pelo instituto de pesquisa, a razão na piora da avaliação esbarra principalmente em dois pontos sensíveis ao mercado financeiro.
Os 97% dos entrevistados consideraram errada a edição da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários a seus acionistas, assim como 89% afirmaram que uma interferência do governo na Vale diminuiria investimentos estrangeiros no Brasil.
Lula em baixa, Haddad em alta
Apesar da queda na avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a pasta comandada por Fernando Haddad está mais forte na aprovação desde o início da gestão petista, segundo o mercado.
A aprovação do trabalho do Ministro da Fazenda subiu de 43% para 50%. Já aqueles que consideram o trabalho de Haddad como regular também apresentaram um aumento, passando de 33% para 38%, enquanto a desaprovação caiu de 24% para 12%.
Apesar da avaliação em queda do governo Lula, também no mercado financeiro, os entrevistados enxergaram de forma positiva a economia para os próximos 12 meses.
O índice dos que acreditam que a economia vai piorar caiu de 55% para 32%. Já os que veem a economia se mantendo da mesma forma subiu de 24% para 47% desde novembro; enquanto os que acreditam em melhora permaneceram no mesmo patamar da última pesquisa, com 21%.
A inflação
Para 51% dos entrevistados, o governo se mostra preocupado com o combate à inflação; enquanto 49% acreditam que não. Essa é a primeira vez que a avaliação positiva do mercado superou a negativa.
A maioria dos que participaram da pesquisa, 58%, também pensa que o PIB vai crescer dentro da expectativa do mercado, que é de 1,78%.