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Bolsonaro afirma que o objetivo de investigações era o “atingir moralmente”

A recente divulgação de uma gravação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o General Heleno e Alexandre Ramagem, anteriormente à frente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), trouxe à tona detalhes inéditos. Nesse diálogo, Bolsonaro manifesta preocupações crescentes sobre investigações que visavam seu filho, Flávio Bolsonaro, especialmente aquelas ligadas à operação Furna da Onça.

A operação Furna da Onça, que focava em investigar supostos esquemas de corrupção conhecidos como rachadinha, pareceu, nas palavras de Bolsonaro, uma “perseguição” pessoal a ele. Durante a conversa captada, Bolsonaro discute a aquisição de um imóvel em 2011 e expressa sua inquietação com o alcance das investigações, sublinhando a falta de base para as acusações contra ele.

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O que revela o áudio sobre a posição de Bolsonaro nas investigações?

A gravação vectoriza uma dimensão estratégica do uso da Abin e da Receita Federal, onde Bolsonaro e seus assessores debatem meios de obter informações sigilosas sobre funcionários e operações. O tom da conversa sugere uma tentativa de blindagem em relação às acusações que pesavam sobre o filho do ex-presidente. Luciana Pires, advogada de Flávio, destaca a capacidade técnica de “com um clique” acessar dados restritos, indicando a extensão do controle desejado sobre as investigações.

Consequências legais e políticas da gravação

Com a divulgação deste áudio, a Polícia Federal faz acréscimos à acusação do que já foi chamado de “Abin paralela”. Esta nomeação deriva da percepção de que houve uma suposta instrumentalização da máquina pública para fins pessoais e políticos. O Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes, liberou o sigilo do áudio, o que pode fortalecer o conjunto de provas contra o ex-presidente.